Dia 30 de Janeiro foi o "Dia da Saudade" e isso me fez refletir bastante em como esse sentimento é louco. Porque, se você sente saudade, significa que algo foi muito bom, a ponto de criar memórias inesquecíveis. Porém, isso traz uma sensação de nostalgia, falta, e muitas vezes até tristeza e dor.
Desde 2021 eu tenho uma saudade gigantesca: meu querido pai. A pessoa que me ensinou a ser quem sou, que transmitiu todos os valores que eu sigo, que cuidou e acreditou em mim. Alguém com quem tive a honra de conviver por quase 40 anos - mas sinto que poderia ter vivido muito mais coisas juntos. As lembranças são muitas: desde quando eu era criança e ele me levava para o clube da Portuguesa pra eu andar de bicicleta, até quando já adulta e trabalhando em Sampa, ele me esperava no ponto de ônibus pra eu não voltar sozinha pra casa. A vontade é de voltar no tempo pra ter mais um abraço, uma conversa, uma piada, mais 5 minutinhos.
Numa escala muito menor, experimento outras saudades também. De parentes e amigos que não estão mais nesse plano. E outros que ainda estão por aqui, mas simplesmente seguiram outro caminho - porém em algum momento da minha vida, foram especiais.
Viagens... ahh, viagens! Como me lembro e sinto falta de alguns lugares pelos quais passei. Aventuras solo, como na Argentina e Uruguai - que foram experiências incríveis. Meu mochilão em 2010 por 9 países da Europa, quanta saudade! A viagem com a best pra Alemanha e Escandinávia em 2012 - nunca vou me esquecer! Além de Portugal, Foz do Iguaçu e tantos outros destinos aqui pertinho, mas que proporcionaram momentos bacanas.
Também sinto saudades de épocas da minha vida! Quando estudava no CSAP, em que tudo era perfeito - a escola, os professores, os amigos. O Fernando Prestes, que me trouxe amizades pra vida toda. A FATEC, que foi puxadíssima, mas importantíssima na minha formação. Estágio na Gomes, o meu começo. Anos bacanas na Informatec. Turma maravilhosa na CSU, e a descoberta de um novo mundo em Sampa. Presencial na GFT com o melhor time do universo.
Saudades de programas de TV que eu assistia na infância. Novelas antigas. Brinquedos memoráveis. Perfumes que não são mais fabricados. Doces e chocolates da época. Saudades de lugares que eu frequentava e fecharam. De comidas que a minha mãe parou de fazer. De frequentar a casa dos avós. MTV. Discmans e walkmans. Locadoras de filmes. Game boy.
Eu poderia ficar eternamente listando tudo o que sinto falta. No fim, a lição que a gente leva é: bora aproveitar enquanto aquela pessoa está ao seu lado, enquanto você vive esse momento, enquanto você pode ir em determinado lugar ou comer determinada comida.
Bora viver o PRESENTE :)